Curso de Iniciação ao Canyoning em Santa Maria
Açores, 23 a 26 de Abril 2009
Após a expedição de canyoning a Santa Maria organizada pela Desnível no início de Abril de 2009, onde foram abertos e equipados 5 itinerários de canyoning, a Desnível, em parceria com a Ecoteca de Santa Maria, organizou o primeiro curso de canyoning na ilha, que contou com dois formadores e foi limitado a 11 formandos.
Da Esq. para a Direita em Cima: Frederico Pereira, Francisco Silva (formador), Maria Céu Almeida (formador), Hugo Carvalho, Alexandre Silva, Rui Martins; em baixo: Helder Chaves, Micaela Sardinha, Rita Câmara, Nelson Afonso, Raquel Batista, Henrique Simões e Nuno Costa.
Foi uma acção de formação um pouco diferente do que é normal para um curso de iniciação ao canyoning, pelo facto de ter sido um ano muito seco na ilha e as ribeiras estarem quase secas e porque os itinerários na ilha são caracterizados por grandes verticais, que não são muito adequadas a cursos de iniciação.
A 2º aula de rapel foi na pequena fraga com cerca de 14 metros na ribeira do Maloás, num ambiente espectacular e num geomonumento que é a disjunção prismática de Malbusca.
Contudo, as duas aulas para aprendizagem de técnicas de rapel em locais simples, o primeiro em espaço interior e o segundo num ambiente natural esectacular (Ribª Maloás, na Malbusca), permitiram aos formandos desenvolver competências técnicas e psicológicas para as grandes verticais que se seguiram, nomeadamente a Ribeira do Salto com um rapel de 40 metros e a abertura do braço Dto com dois rapeis (25+40m).
No último dia foi realizada a descida da ribeira do Amaro com um primeiro rapel de 20 metros e depois uma grande vertical com 55 metros, que termina numa grande piscina. Aproveitou-se a formação para fraccionar a vertical de forma a poder ser realizada com cordas de menor dimensão e os formandos passarem pela experiência de um rapel fraccionado. Assim foi realizado um rapel de 36 metros e o final optou-se por instalar um rapel guiado para evitar a piscina.
A grande vertical na Ribeira do Amaro
Chegados ao mar foi necessário subir a encosta escarpada, com a impressionante vista para a Baía de Tagarete. No cimo, num ambiente privilegiado, fizemos o debriefing final. Para terminar o dia, e mais uma vez vivenciar a hospitalidade local, nada melhor que um manjar na casa de família do Nuno, com vista para a Praia Formosa.
Ficou a vontade dos participantes do curso constituírem um núcleo local de canyoning integrado na Desnível e virem a participar em estágios e formação NII a desenvolver pela Associação. Para já contaremos com uma formação NII e um estágio no final de Setembro em São Jorge e para o ano, esperamos fazer um estágio em Santa Maria. Com esta formação foram equipados e instaladas mais ancoragens sendo que por agora a oferta de percursos de canyoning equipados em Santa Maria é a seguinte:
Engenho: R1=12m (corrimão); R2=75m (A fraccionar futuramente. Grande risco de roçamento e queda de pedras); R2=8m; R3=12m
Amaro: R1=20m; R2=55m que pode ser fraccionado em: R 36m + R 20m (ou 40 para Guiado); R3=12m
Salto: Braço Esq.: R1 = 40; Braço Dto: R1 = 20, R2 = 40m (possibilidade 35m)
Maloás – Malbusca: R1=12m; R2 = 75m (Necessário confirmar e a fraccionar futuramente, tipo: 40m + 35m)
Grande – Aveiro: R1=55m; R2 ou corrimão = 10m; R3=45m + R4=55m (Vertical de 100m)
3 comentários:
Adorei! Mesmo com os "cagufos" finais! ;)
Espectáculo! Ou nas palavras sábias do Henrique "brutal".
Nunca tinha feito rapel até à quinta feira à noite, no sábado já fazia uma vertical de 40m. Lindo.
www.edfisica-turma2.blogspot.com
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