31 de agosto de 2009

Expedição Canyoning Açores 2009

Os Açores continuam a surpreender para a prática de canyoning. Entre as ilhas das Flores, São Jorge, São Miguel e Santa Maria são já cerca de 80 os canyoning equipados, tendo sido a sua grande maioria aberta pelas equipas da Associação Desnível, nas diversas expedições que têm realizado entre 2003 e 2009.

Este ano voltamos a São Jorge e às Flores, as ilhas de excelência para o canyoning nos Açores. A equipa foi “ambulante” com entrada e saídas de alguns elementos, contando com Francisco Silva, a Maria do Céu Almeida, o Bruno Sebastião, o Marco Melo, o Luis Paulo Bettencourt, o Gilberto e as participações pontuais do Paulo Alves, Sofia, Jacopo, Pierluigi e Luísa.

O tempo relativamente chuvoso limitou-nos as saídas, mas garantiu sempre um caudal interessante nas ribeiras.

Como principais objectivos tínhamos a abertura de mais alguns itinerários, analisar alguns acessos e melhorar o equipamento de alguns canyonings, nomeadamente fraccionar as grandes verticais para se poderem utilizar cordas no máximo de 60 metros e abrir novos percursos.

Em São Jorge abrimos o braço direito do Sanguinhal com 750 metros de desnível e 25 rapeis e a Ribeira da Fonte com 520 metros de desnível e 19 rapeis e uma sucessão final de três rapeis para vencer os 130 metros finais até ao calhau.

Um especial agradecimento ao Luis Paulo da Aventour pelo luxo do barco para nos recolher no final destas duas grandes aventuras e a toda uma equipa e amigos: Carla, Marise, Sofia e Perry.

Sanguinhal Dta - V5; 750m desnível; 7h; 75m >vertical; corda 50 m; 25 rapeis; Saída mar.

Ribeira Fonte – V6; 520m desnível; 5h; 130m >vertical; corda 50 m; 19 Rapeis; Saída mar.

Nas Flores, já com 36 percursos abertos restam poucas ribeiras com forte interesse para o Canyoning, contudo praticamente qualquer linha de água permanente é potencialmente interessante. Foram reequipados dois canyonings (Ferreiros e Algares) e abertos mais três percursos: Fundão (junto da Rocha dos Bordões), Ribeira Privada nos Cedros e Ribeira da Rocha Alta na Quebrada Nova das Lajes. Para além destes canyonings e caminhadas soberbas repetimos o canyoning das Barrosas com a sua espectacular saída com cascata suspensa para o mar. Pena a lixeira a montante, que é o maior lamento de uma ilha que é uma verdadeira reserva da Biosfera.

Fundão - V3; 300m desnível; 3h; 25m >vertical; 10 rapeis; Recomenda-se saída a meio no PR2.

Privada – V6; 250m desnível; 4h; 75m >vertical; corda 55 m; 10 Rapeis; Saída barco obrigatória.

Rocha Alta – V6; 380m desnível; 5h; 145m >vertical; corda 550 m; 9 Rapeis; Saída calhau 1h.

Um especial agradecimento ao Carlos Toste do Hotel Ocidental, pela simpatia, informação sobre a ilha e apoio com o seu barco. Ficam prometidas as ribeiras do Mouco e das Casas!

23 de junho de 2009

4º Estágio de Canyoning da Desnivel em Guara [ parte II ]

Ora aqui fica a minha visão do encontro.
Abraço a todos.







22 de junho de 2009

4º Estágio de Canyoning da Desnivel em Guara

Nos dias 10, 11, 12, 13, 14 de Junho, uma vez mais, um grupo de associados da Desnível rumou para a Sierra de Guara para a realização do 4º estágio de canyoning da Desnível por aquelas terras.
Enquanto que por Lisboa a euforia dos feriados consecutivos convidava a praia, sardinhas e santos, a comitiva deliciava-se com a descoberta de novos rios, sempre marcados pela beleza com que a Sierra de Guara nos presenteia.
O grupo foi composto por 11 participantes com o nível técnico exigido e, já agora, sempre cheios de boa disposição e com muita vontade em ir para a água.




Foram realizados 6 rios (por ordem): Sarratanas, Gorgas Negras, Formiga, Oscuros del Balced, Consusa(situado nos pirinéus, próximo do Monte Perdido) e Peonera Inferior.
A maioria dos rios obtiveram opiniões muito positivas por parte dos participantes, pois estavam com bastante água, tornando-se assim bastante mais lúdicos e interessantes. A excepção terá sido o rio que, à partida, todos queriam descer visto estar sempre muito bem cotado em todos os guias, tanto a nivel de beleza quanto de dificuldade técnica. Não foi bem assim! Valeu pela caminhada de aproximação e pelo enquadramento paisagístico. Para um rio de 10 horas no total, queriamos um pouco mais!


Gorgas Negras


A avaliação foi muito positiva, mais uma vez! Não será por acaso que Guara é e será sempre um local de eleição para a práctica de canyoning.

A lamentar, a lesão do Romão no 2º dia e o encontro indesejado com a Guardia Civil que resultou num prejuízo de 105 euros para alguns dos participantes. Lembrem-se...el cinturon de seguridad es una obligacion! Ah, como me podia esquecer...e o Opel Kadett do Pedro Batista que à chegada a Lisboa não estava no sítio onde fora deixado, pois é o kadett de mil oitocentos e qualquer coisa foi roubado. Triste!

Uma nota importante a salientar foi o encontro internacional e jornadas técnicas de canyoning (denominado Gorgs-Mayencos 2009) que se realizou em Ainsa (Huesca), nas mesmas datas, com a participação de cerca de 750, sim 750 canionistas. Uma realidade bem diferente da nossa!

Fiquem com as fotos...

a todos um grande abraço,
Tiago Bernardino




Oscuros del Balced



Oscuros del Balced



Consusa



Peonera Inferior



Uma outra forma de fazer rapel???
Consusa




31 de maio de 2009

Canyoning nos Alpes Marítimos

Quero partilhar aqui um excelente exemplo de divulgação da modalidade por entidades oficiais.
O guia de Canyoning nos Alpes Marítimos, com enquadramento da modalidade e descrição de 36 descidas http://www.cg06.fr/tourisme/rando/clues-canyons/Lien_direct.htm

Gilberto

7 de maio de 2009

Canyoning NI - Santa Maria

Curso de Iniciação ao Canyoning em Santa Maria

Açores, 23 a 26 de Abril 2009

Após a expedição de canyoning a Santa Maria organizada pela Desnível no início de Abril de 2009, onde foram abertos e equipados 5 itinerários de canyoning, a Desnível, em parceria com a Ecoteca de Santa Maria, organizou o primeiro curso de canyoning na ilha, que contou com dois formadores e foi limitado a 11 formandos.

Da Esq. para a Direita em Cima: Frederico Pereira, Francisco Silva (formador), Maria Céu Almeida (formador), Hugo Carvalho, Alexandre Silva, Rui Martins; em baixo: Helder Chaves, Micaela Sardinha, Rita Câmara, Nelson Afonso, Raquel Batista, Henrique Simões e Nuno Costa.

Foi uma acção de formação um pouco diferente do que é normal para um curso de iniciação ao canyoning, pelo facto de ter sido um ano muito seco na ilha e as ribeiras estarem quase secas e porque os itinerários na ilha são caracterizados por grandes verticais, que não são muito adequadas a cursos de iniciação.

A 2º aula de rapel foi na pequena fraga com cerca de 14 metros na ribeira do Maloás, num ambiente espectacular e num geomonumento que é a disjunção prismática de Malbusca.

Contudo, as duas aulas para aprendizagem de técnicas de rapel em locais simples, o primeiro em espaço interior e o segundo num ambiente natural esectacular (Ribª Maloás, na Malbusca), permitiram aos formandos desenvolver competências técnicas e psicológicas para as grandes verticais que se seguiram, nomeadamente a Ribeira do Salto com um rapel de 40 metros e a abertura do braço Dto com dois rapeis (25+40m).

No último dia foi realizada a descida da ribeira do Amaro com um primeiro rapel de 20 metros e depois uma grande vertical com 55 metros, que termina numa grande piscina. Aproveitou-se a formação para fraccionar a vertical de forma a poder ser realizada com cordas de menor dimensão e os formandos passarem pela experiência de um rapel fraccionado. Assim foi realizado um rapel de 36 metros e o final optou-se por instalar um rapel guiado para evitar a piscina.

A grande vertical na Ribeira do Amaro

Chegados ao mar foi necessário subir a encosta escarpada, com a impressionante vista para a Baía de Tagarete. No cimo, num ambiente privilegiado, fizemos o debriefing final. Para terminar o dia, e mais uma vez vivenciar a hospitalidade local, nada melhor que um manjar na casa de família do Nuno, com vista para a Praia Formosa.

Ficou a vontade dos participantes do curso constituírem um núcleo local de canyoning integrado na Desnível e virem a participar em estágios e formação NII a desenvolver pela Associação. Para já contaremos com uma formação NII e um estágio no final de Setembro em São Jorge e para o ano, esperamos fazer um estágio em Santa Maria.
Com esta formação foram equipados e instaladas mais ancoragens sendo que por agora a oferta de percursos de canyoning equipados em Santa Maria é a seguinte:

Engenho: R1=12m (corrimão); R2=75m  (A fraccionar futuramente. Grande risco de roçamento e queda de pedras); R2=8m; R3=12m

Amaro: R1=20m; R2=55m que pode ser fraccionado em: R 36m + R 20m (ou 40 para Guiado); R3=12m

Salto: Braço Esq.: R1 = 40; Braço Dto: R1 = 20, R2 = 40m (possibilidade 35m)

Maloás – Malbusca: R1=12m; R2 = 75m (Necessário confirmar e a fraccionar futuramente, tipo: 40m + 35m)

Grande – Aveiro: R1=55m; R2 ou corrimão = 10m;  R3=45m + R4=55m (Vertical de 100m)

Mais informações no site da Ecoteca de Santa Maria em: http://ecotecas.blogspot.com/2009/05/curso-canyoning-nivel-i.html

16 de abril de 2009

Curso de Canyoning em São Jorge - Açores
8 a 12 Abril de 2009

A Associação Desnível organizou em parceria com a ART (Associação Regional de Turismo) um curso de canyoning em São Jorge com a participação de 21 formandos, 7 de São Jorge, 6 do Pico, 4 da Terceira, 3 do Faial e 1 de São Miguel.
O curso contou com uma aula teórica e três dias de prática, tendo sido os formandos distribuídos pelas suas competências, o que levou à formação de 4 grupos e possibilitou realizar uma formação de nível I (Iniciação) e a primeira fase de uma formação NII (Aperfeiçoamento).
A beleza da paisagem, a hospitalidade da população local e o apoio de diversas instituições locais (CM Velas, Bombeiros Voluntários das Velas, Aventour, Escola Profissional, Direcção Regional de Desporto, E.S.Velas, Montanheiros e Paróquia da Calheta) foram fulcrais para o sucesso desta formação. Para além da transmissão de conhecimentos técnicos, esta formação permitiu aos participantes descobrirem uma nova modalidade e as excelentes potencialidades que esta ilha apresenta para a prática de canyoning.
Durante a formação foram realizadas as descidas das ribeiras do Salto Superior, Cedros Inferior, Caldeira Esq. e Caldeira Dta.
Um especial agradecimento ao Jorge (Morango) e ao Paulo, pela simpatia e total disponibilidade.

Participantes:
Formadores: Francisco Silva, Maria do Céu Almeida, José João Cardoso, Marco Melo e o Luis Paulo Bettencourt como técnico auxiliar.

Formandos: António Soares (Paulo), Armando Lopes, César Silva, Dário Melo, Diana Catarino, Elsa Ferreira, Fabiana Silveira, Gil Branco, João Ávila, Jorge Santos, José Silva, Juliano Colino, Lisa Medeiros, Maria Leal, Michael Lecomte, Nilton Nunes, Rui Nivaldo, Serafim Brasil, Susana Ávila, Valter Medeiros e Vanda Carmo

Sem comentários, o melhor é ouvir o que eles dizem!

E assim começou a formação prática, muitas cordas e muitas técnicas para executar.

No final da Ribeira da Caldeira

Enquanto algumas equipas desciam ribeiras as outras...

E disseram eles que eram ambos comprometidos!

O jovem Serafim com os belos 65 anos!

Nem era necessário chamar os bombeiros, eles acompanharam-nos (Gil e Rui)

O pessoal estava sempre pronto para mais uma descida, mas só depois de bem alimentados!

E no final adivinhem quem ficou para enrolar as cordas!?

I Expedição de Canyoning da Desnível a Santa Maria, Açores

De 4 a 7 de Abril 2009 decorreu a I Expedição de Canyoning na ilha de Santa Maria, Açores, numa organização conjunta da Desnível e da Ecoteca de Santa Maria. Para este efeito, contou-se com a presença de quatro elementos da secção de canyoning, entre eles o coordenador da secção de canyoning e os responsáveis pelas secções de canyoning de S. Miguel e de S. Jorge: Francisco Silva, Maria do Céu Almeida, Paulo Pacheco e Luis Paulo Bettencourt.
Nesta expedição foram abertos e equipados cinco percursos em ribeiras com potencial para a prática do canyoning:

· Ribeira do Engenho - R1=12m (corrimão); R2=75m; R2=8m; R3=12m
· Ribeira do Amaro - R1=20m; R2=55m; R3=12m)
· Ribeira Grande (Salto do Aveiro) - Grande vertical 55+10(Corrimão)+45+55
· Ribeira do Salto - R1=40 m
· Ribeira de Maloás (Malbusca) - R1=12m; R2 = 75m


Estes percursos, embora não muito extensos, apresentam alguma verticalidade (maior rapel de 45 m a 95 m). Em virtude da acentuada estação seca na ilha, o período recomendado para se ter maior caudal é de Outubro a Junho.
A expedição contou com o apoio de diversas organizações, incluindo o Hotel Praia de Lobos, o Arruda & Arruda Lda. – Restaurantes e o Clube Naval de Santa Maria.

O luxo de uma saída por mar com um barco à disposição


Um especial agradecimento para a Rita Câmara que foi incansável no apoio que prestou e pela sua coragem, já que nos acompanhou em duas descidas, uma das quais com num rapel de 75 metros mas que parecia ter apenas 40!

Para mais informação consultar o blogue da Ecoteca de São Jorge em: http://ecotecas.blogspot.com/2009/04/canyoning-em-santa-maria.html e para ver a reportagem na televisão: http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=1505&idpod=24128&formato=wmv&pag=recentes&escolha (Telejornal dia 11/4, após o futebol!)
A equipar o início do Salto do Aveiro


Numa reunião suspensa no Salto do Aveiro


Saída da reunião suspensa no Salto do Aveiro

A Rita no seu primeiro rapel (Rapel guiado) com apenas 75 metros - Ribª Engenho